Planta muito bonita, espontânea da Ásia e Médio Oriente e conhecida por muitos nomes distintos: nigela, flor-de-noz-moscada, cominho-negro, coentro-romano, flor-de-funcho.
As suas sementes são muito apreciadas como especiaria em países como Turquia, Tunísia, Grécia e Egipto, assim como na Índia, onde são chamadas kalonji, nome que encontrei, numa loja em Lisboa, estranhamente traduzido para sementes de cebola…
Tradicionalmente as suas sementes têm sido utilizadas como remédio para as mais variadas maleitas, desde dores de cabeça e de dentes a constipações, asma, bronquite e infecções variadas (incluindo as provocadas por parasitas), reumatismo e outros problemas inflamatórios.
Dioscorides defendia-as capazes de estimular a urina e a menstruação e eram dadas a mães no período de amamentação, para estimular o fluxo de leite e ajudar na recuperação do útero.
São, desde então e até hoje, usadas para estimular a digestão (e reduzir a inflamação dos intestinos).
Devido à complexa estrutura química do óleo das sementes pretas (mais de cem ingredientes activos), o Cominho Preto tem um positivo efeito nos sistemas circulatório, digestivo e urinário.
Recentes pesquisas concluiram que fortalece e estabiliza o sistema imunitário mostrando eficácia no tratamento da asma, alergias, e outras desordens imunológicas bem como em várias condições de pele, desde o acne à sarna.
As propriedades dos óleos não são solúveis na água, logo não beneficiamos delas ao fazer uma infusão, mas sim ao utilizarmos Theriaca polvilhado sobre a comida (experimente sobre os cereais integrais e saladas – muito saboroso!).